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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Professores de EMRC do Algarve realizaram compromisso no início do ano lectivo

O Bispo do Algarve reuniu-se ontem, dia 2 de Outubro, com os professores de EMRC - Educação Moral e Religiosa Católica do Algarve, uma iniciativa do Secretariado do Ensino da Igreja nas Escolas da Diocese do Algarve.
O encontro, que teve lugar em Faro, no edifício do Seminário de São José, realizado ainda no âmbito da recente abertura do ano lectivo 2010-2011, procurou servir de acolhimento aos novos docentes que estão este ano no Algarve a leccionar aquela disciplina, bem como aos que já exercem esse serviço.
Neste sentido, realizou-se pela primeira vez na diocese, uma Eucaristia de bênção e envio dos docentes no decurso da qual os mesmos realizaram também o seu compromisso de serviço e fidelidade à Igreja, responsabilizando-se pelo empenho no progresso da sua qualificação, pelo aperfeiçoamento do seu ensino, pela coerência do seu testemunho cristão, assumindo as orientações diocesanas e nacionais neste domínio.
Antes da celebração, D. Manuel Quintas deixou aos cerca de 45 professores presentes alguns "princípios inspiradores" que podem dinamizar o seu serviço nas escolas. Com base na Nota Pastoral da Comissão Episcopal da Educação Cristã para a Semana Nacional da Educação Cristã, que decorre de 3 a 10 de Outubro, o prelado lembrou que "a busca da verdade deve alimentar a forma como acompanhamos os outros, sobretudo aqueles que estão a crescer". O Bispo diocesano citou que os professores de EMRC são "chamados a ser, no quadro específico da sua acção pedagógica e do seu testemunho cristão, servidores de uma educação integral onde a dimensão da fé e os valores do Evangelho ganham sentido e horizonte". "É um programa inspirador da vossa missão e serviço", considerou, lembrando-lhes a responsabilidade da mesma. "Estais ali não só em vosso nome, mas também em representação da diocese e até da comunidade onde está inserida a escola", afirmou.
Continuando a citar o documento, lembrou que "pertence à Escola Católica, no contexto do ensino em Portugal e no enquadramento concreto do tempo em que vivemos, uma acrescida responsabilidade nesta missão ao serviço de uma educação de qualidade e de excelência". "O caminho de renovada evangelização, que todos desejamos percorrer, e o rosto missionário da Igreja, que em cada um de nós queremos ver delineado, pedem-nos e exigem-nos criatividade pedagógica, ousadia profética e decisão pastoral para darmos às crianças, aos jovens e às famílias as respostas coerentes e consequentes que os novos desafios do ensino e da educação quotidianamente colocam", prosseguiu, frisando "se há cadeira que exige criatividade, é esta e isso é um estímulo muito grande".
D. Manuel Quintas alertou ainda para a "importância de formar cristãos adultos e maduros". "Pertence-nos como Igreja oferecer a todos uma iniciação cristã exigente e atractiva", acrescentou, alertando os professores para as dificuldades impostas na leccionação da disciplina como "violações à lei" e aconselhou aos professores que procurem sempre respostas com "fundamento jurídico".
Os docentes alertaram mesmo o Secretariado Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas (SDEIE) para alegadas violações à lei e disparidades de procedimentos relacionadas com a leccionação da disciplina no 1º ciclo nas diversas escolas do Algarve, tendo aquele organismo diocesano pedido aos professores que apresentem por escrito as dificuldades para as apresentar ao SNEC - Secretariado Nacional da Educação Cristã.
Da parte da tarde, o encontro continuou com a apresentação do programa do 9º ano e foi ainda apresentado o novo blogue do SDEIE (http://emrcalgarve.blogspot.com/) para partilha de informação e de materiais.
Este ano são 47 professores a leccionar no Algarve a disciplina, do primeiro ciclo ao secundário. Segundo o SDEIE, a disciplina não está a ser leccionada apenas na Escola Secundária de Tavira que alegou não ter havido inscrições na mesma.
Edite Azinheira adianta ainda que houve uma diminuição do número de vagas para leccionação motivada pela redução do número de horas atribuídas aos professores de EMRC. Segundo a coordenadora do SDEIE, "os mega-agrupamentos, iniciados este ano, ajudaram a que isso acontecesse porque os professores de EMRC tiveram de assegurar todas as horas da disciplina". "As escolas deixaram de dar aos professores de EMRC direcções de turmas, áreas de projecto ou estudo acompanhado, entre outros serviços", explica
Samuel Mendonça

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